Era 18 de julho de 1882 quando pela primeira vez um trem percorreu o trajeto Imbituba-Laguna, inaugurando a Ponte da Estrada de Ferro Tereza Cristina (Ponte Ferroviária das Laranjeiras ou Ponte de "Cabeçudas"), cujo comprimento era de 1480 metros. As ferragens foram confeccionadas na Inglaterra e a sua construção foi paralisada porque no projeto não constava um vão móvel, que possibilitaria a passagem de canoas e iates que diariamente faziam o percurso entre o Porto e Cabeçudas. O assunto gerou muita polêmica, pois os técnicos da Estrada de Ferro alegavam que esta navegação era pouco importante, enquanto havia quem defendesse a construção do vão móvel, como o Engenheiro Nicolau Viriato Chaves Barcellos, encarregado pelo Ministério dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, de estudar e dar sua decisão sobre a construção do bendito vão. Baseado nos estudos do engenheiro, o Governo decidiu-se pela construção da vão móvel. A ponte funcionou até 1934, quando em 1º de setembro do mesmo ano foi inaugurada a atual Ponte Henrique Lage, que até hoje é utilizada. Aliás, esta ponte que substituiu a primeira será desativada nos próximos anos, pois com a duplicação da BR-101 uma nova ponte será construída no lugar.
Imagens retiradas dos blogs "Diário do Litoral Sul" e "Agora o que eu faço" e do site da Rádio Criciúma.
Veja também:
Os ilustres visitantes de Laguna
Biblioteca Pública Municipal Professor Romeu Ulysséa
Praias do Sul e a Praia de Cabeçudas
Lindas imagens, moro em frente a ponte no Bananal mas não conhecia a história da sua construção, o triste é constatar que esta primeira ponte foi feita respeitando a questão ambiental pois sua construção não trouxe quase nenhum impacto para a lagoa, já a segunda foi uma tragédia pois diminuiu a oxigenação de toda lagoa de Imaruí e Mirim.
ResponderExcluirObrigado por comentar Darildo! É mesmo uma pena o impacto ambiental que a ponte de aterro trouxe para as lagoas. E pior, com a construção da nova ponte parece que a de aterro vai continuar para trânsito local... Devia ser pensada uma alternativa para o trânsito local para tirar aquele aterro dali...
ResponderExcluirContinue acompanhando! Até mais!
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ResponderExcluirConcordo com o Márcio.O aterro da ponte substituída é o maior crime ambiental praticado contra as lagunas.Não só o município de Laguna teve enormes prejuízos mas sim toda a região lagunar e a costa brasileira que vive da pesca artesanal.Sabiam os senhores que o maior berçário marinho da ictiofauna (Peixes e vidas marinhas)é o conjunto lagunar?Pois é! Esta morrendo!Enquanto não for retirado o aterro da ponte velha onde insistem em passar o trem,a maior riqueza regional ficará sem produzir. .Remover o aterro de 650 metros é uma imposição da natureza para poder se regenerar.Ela saberá recompensar nossa região com muita abundância de pescados em farta e generosa oferta que no passado sempre nos proporcionou.SOS ....Laguna.....SOS ....Laguna.SOS...Laguna......SOS.....Laguna
ExcluirImagine se não existisse a ferrovia e consequentemente as pontes de ferro e a seguinte, com aterro, qual seria o atraso para toda a região sul catarinense. Não se esqueça que aBR 101 só foi implantada no fim dos anos 50.
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ResponderExcluirGostaria de saber se existe um arquivo onde consta o nome dos trabalhadores da construção da ponte ferroviari
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